Ensaio canção: eis a petição genética
do podcast Lab Curial. Torce a vontade
de ter donde falar como – em transe –
de aquietá-la no canto. Cede a sala
a Experiência Estética do objeto de arte.
Ora criação, nós na torcida; ora adoção,
torceu por nós.
nem uma pétala bruta
botão nenhum sem quieta
resoluta curva aérea
cantos riam duplicados
na ida e na vinda névoa
frutifique dissipada
nem fuja do aro a casa
rosa de comida boa
ares em aromas, grados
fresca mane sua água
Acontecer figurará acima e ao meio a abertura do mapa, traço cujo sulco apenas casualmente não fará nova, sintética e constelar runa em usança. Atraem-se conforme se aproximam, sem ética que não tipológica, sem passado que não topográfico, sem humanidade pré-geômetra. Abstrair, alfândega sensual parturiente, contemporiza finge dígito ao mínimo que antecipa. Ver mural formalístico linguístico humanístico ante contração digital dúbio-ternária, difusão apenas, e de pontualidade apenas, conosco ofertório da matéria lida.
Copo aberto à ponta-firma do timbre peregrino, filologia emergente naquele sul sem fonte, cabo de suel carregando outra estima. Refratário, sua persistência linhas, avatares cartoriais do ofício, enreda a minúcia, já não ele, donde stanza regional simbolista versus tez bestial da termodinâmica, fecundo problema, chove-não-molha – donde o grau de raiz. Até quando, os artistas parecem dizer, tropeçaremos? Hirtos, dividiriam trago epistolar e fetiche, defesa cincada e convidativa; muralhas a valer, dariam antes passos pela aldeia elevada. Esperam, hoje, porque compuseram mentalmente a avatarística metabólica da emergência ergonômica (Pallas), mas isto a que esperam, custa pouco e muito calor dizer, brota da água. Curvas outras de capins, longe, levadas graças às inclinações dos capins retíssimas vagalumes:
cabo de suel carregando outra estima. Outra inerentemente porque o alter Objeto constitui-nos protoolers. Logo, reduzo ontogenicamente Movimento; em fibras braçadas pragmáticas contraio para reduzir discurso; dedos frente a frente noite escolar e raio galáctico numinoso sorte deste sítio baralham; neste adensar manejaria o timbre vela e índole do vento; este vento modificado sopra à frente e nas poeiras passos pela décima vez ali ou novos já se animam; praticamente chegaram na nota maiêutica da mandala percorrida. Que todos nos espelhemos para realizar, então, arte sacral. Pirilampos da barreira, florilégios do pensar: a ferida ao curar-se criaria nova pele, seda em tecitura de carne e pedra, mapa esferográfico de pelos ou poeira do ar em tátil cântico, atmosférico.
Dentro, algo que estava por trás; por fora, a multicolorida e caótica fronde estala o ponto cuja onda – mas por quê? – lembra. Porque partem seminais à união fraterna do manejo, colhem água, diligentes, alças de maior balanço. As partes farão, reforço honrado, intacta imagem do todo: digno, cabível, Narciso apanhado esbatido, feito fisco, colecionador, fruta fresca na cabeça do palito. Riscada a linha, a face agora sina torcerá por que não tem: vermelho, por exemplo, a orar... por ares de milho verde.
Nostalgia enche de marcas e elas puxam a si o deslize untuoso e numinoso, têxtil, do pesar; um pêndulo mecânico marca, do mar, marmóreo tear e continente, intercaladas – prior da Vaga – fibras & corrente-onda, grafia agora pés daquele dia porque sinta, hoste célebre da cria, fingido Meu, da Curva Fria ao Vinco, classe estampa d'informática, ecoando, na volta, no logro de transbordo e passo outro desta loja, vezo de paiol na sacaria. Depois, um preço na balança e gire a Terra, indiscernível, a tratadística plástica das montas.
Nutre-se pois, o espírito da história, do passo cujo albergue ainda tange; feraz a bruta sola do passante, corado pão (um para cada peão), lustrosa a esferográfica da tática – eis em percalços o almoxarifado. Nos alvos da planilha pastoreiam avô de um, avó de outra, o pai do andarilho filho, de poeta ou professor pastoreiam thinkfluencer prosumer e o mind-up comic, irmão de quem diremos: entrasse novamente em minha casa, tabuleiro recheado, sulco da razão; de mais ampliada razão, mais pouso, e a casa era dele ou com ele; agora éramos lá, ele ombroso, saudoso, alcunha tamborilando por tangos se dóceis entre a força e o fraco da Onça, fome suscetível, que vibra, da rés tamanduá, da voz antiga.
O problema de receber Babel depois de Non-orientable Nkansa passa por testarmos a força de provadas alterações, como será costume entre nós reler diferentemente Castro Alves uma vez Cruz e Sousa lido. O útil da vivacidade fria do objeto brasileiro, se quisermos apensar à lição um caso* clariciano, teria tal e qual a inopinada sorte d'A maçã no escuro, cujo acuponto bondes torcerá, além de passageiros, uma vez lido seu póstero, A hora da estrela. Não que a obstrutiva conjunção ganense tire de Martin poder saber a beleza emulsiva das partes-tipo, como parece nostálgico a ele no romance de câmara, não que a terra afastada de nós, mesmo ela, se refaça quando sei partir, sem pena onde guardar sob ondas nossa fuga – o dom, imersa sonda, lembra o fundo dos tijolos do templo. Areias do tempo, massa sombreada, opressão; até onde iremos para relativizar a dor, eremitério do homem, estática do múltiplo, metempsicose penetrante, essência da razão?
De aspecto solitário, o totem passará a solidário; não só não se nos mura, como deixa contornar-se e abraça em cheio – Ondas, nêmesis de Gavetas – o tato auditivo em tessitura real e materialmente valiosa. A cada vez que o coração dum visitante bate com Babel à frente a estática elementar do 'programa' museológico se duas vezes torce; alcança gravar, no breu pátrio da experiência, nutrindo-se domínio o indiscernível múltiplo, fazendo cômoda a carga formal flanante. Nem atento, nem parado, simula o declínio do manejo da língua e do desespero do todo enquanto recruta, cada passo, avivado grau táctil, que busca o sutil mas grassa e rende do sincrônico.
Cruzar o espectro e visitar o ocre Non-orientable Nkansa cederá empuxo ao acolhimento desenganado da torre. Quando das gavetas hoje desengavetadas, imensa tranca de trancas, precária e próxima da micro-história dos passos que, um pouquinho todos os dias, fizeram-se mais ágeis e seguros, imagem quem sabe humilhante do fim do caminho – cera de afônica fuga –, voltarmos, tendo sido prosaicos gravadores do mudo e da íntima pétala em queda, sonho enternecido de um botão, à sala azul escura, este outro mundo a nós será pronúncia: escuta-se aqui o sonho da floração.
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* Conferir Apostilhaverelias (Prensa Casarosa, 2024).
fontes___________
A série analítica 'justaposições afrolatinas' aproxima e interpreta trabalhos apresentados em 'Latin american artists: from 1785 to now' e 'African artists: from 1882 to now', da Phaidon Press.
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